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A mãe imperfeita

Porque a maternidade é difícil. E as mães precisam de rir.

A mãe imperfeita

Porque a maternidade é difícil. E as mães precisam de rir.

29
Dez18

2018 pelos olhos de uma mãe imperfeita

2018.jpg

 

Antes de começar a falar sobre o ano que está praticamente a terminar deixem-me já dizer que é natural que me vá esquecer de coisas importantes mas, para além de ter passado mais de metade do ano grávida e, por isso, com os neurónios sedados, 90% do tempo a televisão cá de casa esteve ligada na Baby TV e a única coisa relevante que por lá se passou foi a substituição do "Henrique o gato comilão" pelo "Grande Chefe Momento".

 

Gostava de começar por falar um bocadinho sobre as coisas que aconteceram do lado de lá do Atlântico e dizer que, na minha opinião, o Brasil viveu um ano estupidamente difícil. Para além dos escandâlos ligados à corrupção, os brasileiros choraram ainda a morte de Marielle Franco, assassinada a tiro, e viram o Museu Nacional quase totalmente destruído por um incêndio. E se estão a pensar que agora vou escrever sobre a eleição daquele senhor simpático que acha que a homessexualidade se cura à porrada estão muito enganadas. Aliás, vou falar mas para dizer uma coisa de que quase ninguém falou: defeitos do homem à parte, e são tantos que até assustam, já repararam que ele tem um tradutor de LIBRAS (língua brasileira de sinais - que é o equivalente à língua gestual portuguesa) sempre que fala ao povo? Pois... Não o absolve daquelas afirmações que parecem feitas por um padre da santa inquisição, é certo; mas é um ponto que aqui a mãe do surdo acha muito positivo.

 

No mundo tivemos algumas boas notícias em 2018. Pois que parece que aquele porquinho do refugo lunático a quem deram uma caixa de fósforos e um bidão de gasolina e que dá pelo nome de Kim Jong-Un ganhou um bocadinho de juízo e comprometeu-se a assinar um acordo de paz com a Coreia do Sul. Para além disso reuniu-se em Singapura com Donald Trump e aposto que nem numa ala psiquátrica de crónicos o nível de loucura é tão grande como foi ali. Mandasse eu nesta merda e esses dois eram enfiados numa camisa de forças e começavam a fazer haldol em esquema. Mas como não mando eles continuam a ter acesso a armamento nuclear e a atentar diariamente contra os direitos humanos (um numa ditadura demente e outro numa fronteira de inferno).

 

Foi também em 2018 que morreu o último rinoceronte branco-do-norte macho do mundo. O bicho homem está mais uma vez de parabéns. Gostamos é de comprar a alface já lavada e com as folhinhas separadas embaladas em plástico e de deixar a água a correr enquanto lavamos os dentinhos e o resto quem vier atrás que feche a porta. Sucede que quem vem atrás são os nossos filhos e netos mas pronto, devo ser eu quem não está a ver bem o filme. 

 

Vá, chega de coisas más. Passemos às péssimas. Então o príncipe Harry casou e não foi comigo? Que merda foi esta de ir buscar a gira da Meghan às Américas e dar o nó? Partiu-me o coração foi o que foi. Ainda na realeza o Rei Filipe (ainda não me dá jeito nenhum escrever isto assim) também não teve um ano fácil. Os catalães a quererem a independência, o governo a cair e a mulher e a mãe sempre às turras. Convenhamos que é muita carga para um homem só caraças...

 

Em 2018 a França foi campeã do mundo de futebol, as mulheres passaram a poder conduzir na Arábia Sáudita e o mundo comoveu-se com o resgate dos jovens tailandeses da gruta onde passaram dias e dias.

 

Em Portugal tivemos a realização do festival da Eurovisão onde mostrámos que somos bons a organizar coisas mas que temos a magia dos golfinhos: viemos cá acima fazer a gracinha com a vitória do Salvador Sobral em 2017 mas depois voltámos ao fundo da tabela que é onde costumamos estar e, assim como assim, já nem estranhamos. Foi também este ano que descobrimos que a Assembleia da República é uma bandalheira ainda maior do que imaginávamos com deputados a votarem sem estarem presentes, outros a receberem subsídios de viagens imaginárias e, cereja no topo, descobrimos que até manicure dá para fazer por aqueles lados. A eutanásia voltou a não passar. Quanto ao futebol não me vou estender muito porque vi o meu clube do coração entrar em autofagia e, neste momento, o único funcionário do Sporting que tem a minha fé é o Paulinho. Ai, mas esperem lá... A palavra toupeira diz-vos alguma coisa?

 

Infelizmente, o ano chegou ao fim com duas tragédias: a derrocada da estrada de Borba e a queda do Helicóptero do INEM em Valongo. O coração dos portugueses ficou um bocadinho mais apertado. Que nada disto se repita em 2019 é o que desejamos todos.

 

Ainda em Portugal, e voltando a um registo mais leve, houve mais coisas a acontecer... Foram as famosas a engravidar que nem coelhas, o Carlos Costa a soltar a franga, a Maria Leal a mostrar que é ainda mais feia por dentro que por fora, a Ana Malhoa a gravar vídeos com cavalos, a Madalena Menezes no hospital de Santa Maria e a Cristina Ferreira a sair para a SIC. Mas sobre esses assuntos estão vocês cansadas de ouvir falar.

 

Ah, antes que me esqueça. Em 2018 nasceu a página "a mãe imperfeita". E se isso não é uma coisa importante, então não sei o que raio é importante para vocês.

 

 

* A imagem foi roubada do Google

28
Dez18

Grupos de mães no Facebook #33

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Eu sei que estão habituadas a começar a semana a chafurdar no lodo das perguntas dos grupos de mães que aqui compilo mas, desta vez, por estarmos em época festiva, fechamos a semana em vez de a abrir. Em Janeiro retomamos os moldes habituais. Vá, segurem-se bem que isto vai começar.

 

 

1. Olá meninas, estou grávida de 36 semanas e comecei ontem a tomar o chá de gengibre, cravo da Índia, abacaxi e canela para iniciar o trabalho de parto mas até agora ainda nada aconteceu. O que devo fazer?

 

Olha amiga é continuares a tomar que isso demora um bocadinho a fazer efeito. No teu caso concreto diria que é coisa para levar aí umas quatro semanas até dar resultado.

 

 

2. Meninas, esclareçam-me uma dúvida: ingerir bebidas muito quentes estando grávida provoca alterações no bebé?

 

Ai amiga, diz que nascem com a pele mais lustrosa que a sauna abre-lhes os poros e soltam as impurezas...

 

 

3. Mamãs, tenho dois filhos de sete e quatro anos e tenho quase a certeza que o meu marido tem outra mulher... Alguém mais por aí com um marido infiel? Como é que se faz para lidar com esta situação?

 

Porra, eu já dei tantas receitas para este peditório que qualquer dia escrevo um livro de cozinha. Mas pronto, cá vão mais meia-dúzia de opções:

 

a. Pique uma cebola em pedaços finos, arranje um advogado, junte um dente de alho e duas colheres de sopa de polpa de tomate, informe o advogado das suas condições, regue com um fio de azeite e refogue em lume brando, adicione o pimento cortado em cubos, o miolo de camarão previamente cozido e os ovos, decida com que bens deseja ficar, vire a tortilha quando estiver solta por baixo e sirva ao traidor num tabuleiro forrado com os papéis de divórcio já totalmente preenchidos. Para melhorar o empratamento pode adicionar um raminho de coentros e uma caneta qua escreva.

b. Arranje um amante e seja cuidadosa nas interacções com o seu marido para que, sem querer, não furem os olhos um ao outro.

c. Descubra quem é a perua, monte-lhe uma ratoeira, corte-lhe o pernil e sirva-o assado no forno recheado com bacon e acompanhado por batatinha a murro. Quando o seu marido perguntar que carne é aquela responda com um sorriso: "É a Vânia, secretária da administração. Gostas desta carne tenrinha, não gostas amor?".

d. Cole no vidro traseiro do carro do seu marido uma cartolina com o seguinte dizer "este é o carro do Joaquim, orgulhoso dono de uma pila de 8 cm quando erecta". É infantil mas funciona.

 

 

4. Meninas, as grávidas podem monstruar?

 

Monstruar? Oh se podem. Eu monstruei imenso, o meu marido que o diga, coitado, que eu estava tão monstra, tão monstra que ele mal me podia aturar. Mas depois passa. Lá para os 30 anos dos putos ou assim.

 

 

5. Alguém já ouviu que se comermos muita couve o parto é menos doloroso?

 

Olha, confesso que tenho ouvido muita merda mas essa até para mim é nova. Assim do meu conhecimento comer muita couve o que dá mesmo é muitos puns. Mais do que isto já não tenho estudos para debater...

 

 

6. Olá meninas. Eu e o meu ex-marido (estou separada há quase dois anos) estávamos casados com comunhão total de bens. Esta semana faleceu o meu antigo sogro e eu gostava de saber se alguém aqui do grupo me pode informar se ainda tenho direito a uma parte da herança...

 

Maria Leal, és tu?

 

 

7. O meu filho mais velho entrou este ano para o secundário e já me informou que, apesar de ser um aluno razoável, não pretende ir para a Universidade. Confesso que estou super triste porque tinha sonhado com outra vida para o meu menino... Há por aí mais mães desiludidas com as escolhas dos filhos?

 

Hmmmm, acho que deves ser a única. Tenho quase a certeza que a mãe da Érica Fontes deu pulinhos de alegria quando a filha, aos dezoito anos, lhe disse que queria ser actriz porno.

 

 

8. Mamãs, um preservativo pode ser utilizado mais do que uma vez se o homem não tiver ejaculado?

 

Só se for como balão de água...

 

 

9. Meninas, existe algum método/pomada/medicamento que faça aumentar o pénis masculino?

 

Ai amiga, pénis masculino fica assim para o esquisito... Então havia de ser pénis quê? Feminino? Mas respondendo à tua pergunta... Eu tenho um lema de vida que diz o seguinte "se não se vende no Aliexpress é porque não existe". Agora é uma questão de fazeres lá a pesquisa, pronto.

 

 

10. Mamãs, estou grávida de 14 semanas e 5 dias e enjoeei da cara do meu namorado, mal aguento olhar para ele...

 

Acho que o grande Sérgio Godinho escreveu uma canção sobre isso. Chama-se "hoje é o primeiro dia do resto da tua vida" que, mal comparado, quer dizer "aguenta e não chora".

 

 

 

*Imagem roubada ao Google

 

20
Dez18

Este é o Jornal Imperfeito [#extra]

 

Este Domingo não vai haver Jornal Imperfeito para ninguém porque, se a vida me correr bem, conto passar o serão mergulhada em ovos, açúcar, nozes e chocolate a preparar a consoada. Mas não podia deixar passar em branco a grande notícia de maternidade desta semana e, por isso, decidi publicar esta edição extra do nosso semanário. Ora então parece que as coisas azedaram a sério numa festa de Natal numa escola na Sicília:

 

 

Mães à bulha.png

 

 

Surpreendidas? Só se nunca foram a um festival do Panda. E não, não falo dos musicais onde há lugares marcados. Falo mesmo dos festivais em recinto aberto onde cada um fica onde quer e onde há uma percentagem assustadora de mães que guardam as notas de vinte euros no soutien. Contou-me uma amiga que, num destes festivais, um pai decidiu pegar a filha às cavalitas cortando, obviamente, a visibilidade de quem estava atrás. E como civismo com civismo se paga uma mãe (que não era a da criança) agarrou na miúda pela cintura e vá de puxá-la das cavalitas do pai. Claro que correu mal, engalfinharam-se todos, puta para cá, cabrão para lá, e a minha amiga felicíssima porque, pela primeira vez, viu um espectáculo no Panda que valeu o preço do bilhete.

 

Por acaso estava eu grávida do João, na sala de espera da consulta externa de obstetrícia, e também assisti a uma luta de galinhas que, cereja no topo, estavam grávidas. Na verdade não sei bem como é que aquilo começou mas sei que as duas tinham filhos mais velhos lá com elas e só havia uma cadeira a sobrar. Aquilo empolou de tal maneira que acabou com uma delas a gritar para a outra "como é que tu fez um filho é que eu gostava de saber que dá para ver de longe que tu é SAPATONA". Eu confesso que tive vontade de gritar "já ganhou!", mas a administrativa era uma queixinhas que telefonou para o segurança e o segurança era um parvo que só dizia "acabou, acabou", tipo disco riscado, e lixaram-me o entretenimento. 

 

Agora reparem, estes episódios que relatei foram passados em Portugal, terra de brandos costumes. Em Itália, mais especificamente na Sicília, terra da Cosa Nostra, a dimensão é logo outra. Quando cá se grita lá já se empurra. Quando cá se empurra lá já se esmurra. E quando cá se esmurra lá já há uma pilha de corpos queimados. E ainda para mais não estamos a falar de uma festa qualquer, não é? É a festa de Natal. Os putos estão vestidos de anjinhos, houve trabalho de casa, é natural que toda a gente queira ficar na primeira fila para ter as melhores fotografias e fazer bonito no Instagram com hastags super originais tipo #orgulhodamãe #amormaior #feliznatal #instamom e outras maravilhas do género. E se para isso for preciso puxar uns cabelo e enfiar umas macacas nos olhos (nota mental: parar de dizer esta merda antes que o PAN me venha f@der a cabeça) então é mesmo isso que se faz.

 

O problema desta coisa foi a mariquice dos putos que começaram a chorar e a tremer, cheios de medo das mães que pareciam possuídas por satanás na festa de celebração do nascimento do filho de Deus. O capo da Cosa Nostra que não queira tomar medidas que mais uma ou duas gerações e vê o lugar entregue a um florzinha qualquer que fecha os olhos enquanto esmaga as mãozinhas dos rivais com a semi-automática de 9mm.

 

Agora a sério, parece que a coisa foi de tal ordem que meteu polícia e tudo. Polícia. Numa festa de Natal da escola que é, desculpem lá a expressão, todos os anos a mesma merda. É verdade que eu não estava lá; mas quase que aposto o mindinho esquerdo em como uns putos estavam vestidos de anjos, outros de pastores, havia a Nossa Senhora e o S. José, o menino Jesus era um Nenuco e no fim cantaram todos a versão italiana da Noite Feliz e depois entrou o coro de Santo Amaro de Oeiras com aquela do "a todos um bom Natal". É preciso brigar para ver isto? É preciso meterem-se maridos, primos, amigos e vizinhos e transformar uma porcaria de uma festinha de escola numa batalha campal?

 

Muita vergonha alheia é o que sinto quando vejo notícias destas. Que as mães estão loucas eu já sabia porque vou sentada na frente desse barco a remar descoordenada. Mas isto? Isto é a completa falta de noção.

 

 

 

18
Dez18

Grupos de mães no Facebook #32

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Minhas queridas imperfeitas, esta semana voltamos ao Brasil porque já tenho mais de cem prints em espera e o meu telemóvel está mais lento que as sinapses da Maria Leal. Aproveito também para avisar que para a semana teremos um especial de Natal que em princípio ninguém vai ler por ser noite de consoada. Pronto, informações dadas vamos lá ao que importa.

 

 

1. Mamães, como é a experiência de ter um filho que engole moedas?

 

Olha amiga, eu essa, até ver, não vivi na primeira pessoa. Mas desconfio que não seja boa porque toda a gente sabe que os putos são mais difíceis de abrir do que o porquinho, não é? Suponhamos que uma pessoa precisa de meia-dúzia de reais para ir ao pão... No mealheiro a gente tira a tampa que geralmente vem na barriga do bicho e abana para as moedas caírem enquanto jura em falso que as vai repor depressa. Num filho é mais complexo especialmente se ele já as tiver engolido há um tempinho. Mas pronto também nada que dois microlax, umas luvas e uma colherzinha de plástico não resolvam. Se fores crente até podes dispensar a colher e as luvas que há quem diga que a dos nossos filhos é sempre merdinha benta.

 

 

2. Meninas, o que vocês acham do nome Louríssimi?

 

Não desgosto mas… E se nascer moreno?

 

 

3. Mãezinhas, a perereca de vocês também fede a peixe morto? Quais produtos baratos para resolver vocês aconselham?

 

Para ti a água e o sabão. Para quem convive contigo uma máscara cirúrgica.

 

 

4. Meninas, sofro muito com hemorroidal mas gostaria de saber se posso fazer sexo anal.

 

Não, não sofres. Se sofresses realmente com hemorroidal nem sequer utilizavas a palavra anal sem bateres três vezes na madeira como quem diz “lagarto, lagarto, lagarto”. Quem sofre de verdade com hemorroidal considera com mais facilidade um transplante de coração sem anestesia do que enfiar um cotonete por aquele poço negro de dor e angústia, quanto mais uma pila.

 

 

5. Minha amiga está escolhendo o nome para a netinha e pediu ajuda. Qual desses três vocês gostam mais?

Hevyllyn Nycolly

Khyandara Khymberly

Khyara Emanuelly

 

Ele há coisas do caraças… Vocês vejam lá que eu nem fazia ideia que o Yannick Djaló tinha engravidado uma mocinha no Brasil.

 

 

6. Meninas, com quantos meses o bebé de vocês aprendeu a contar? Obs: o meu foi com quatro meses.

 

Que deve ter sido mais ou menos a mesma idade com que a mãezinha aprendeu a mentir…

 

 

7. Meu filho chama Ícaro e agora estou esperando uma menina. Qual nome combina?

 

Sol. Por favor chama-lhe Sol.

 

 

8. Mamães, eu estava numa balada e aí fui com dois caras mas estava escuro de dar medo e eu não vi qual gozou dentro. Acontece que fiquei grávida e agora não sei qual dos dois é o pai. Me ajuda aí.

 

Sabes porque é que os gays não gostam do escuro?

Porque não vêem um caralho.

 

Agora pensa…

17
Dez18

Este é o Jornal Imperfeito #4

Tenho reparado que nas páginas conhecidas anda tudo a fazer listas dos melhores e piores qualquer coisa de 2018 e eu, que não posso ver nada, também quero, pronto. Vai daí que, a partir de hoje e até ao final do ano, vou sempre acabar o nosso jornal com a atribuição de um louvor a alguém que se tenha distinguido nesta coisa da maternidade/parentalidade/fazer filhos.

 

Mas por agora vamos às notícias que realmente interessam!

 

Toy.png

Se essas vossas cabecinhas já estão na pecuária podem tirar daí o sentido porque não vou entrar pela piadinha fácil de dizer que o homem que canta que vai "hum hum" toda a noite afinal precisa dos comprimidos do Futre. Só usei esta notícia porque, ao lê-la, descobri um facto que deu todo um novo sentido à minha vida: vocês lembram-se daquela música que começava assim "cheguei a casa e abri o meu livro para estudar / para aprender é preciso saber como é bom cantar / numa canção escolho um tema de escola "pra" começar / repete agora comigo estas letras que eu vou gritar"? Lembram? Pois fiquem a saber que foi escrita pelo Toy. O próprio. O de Setúbal. Aquele que há uns anos apareceu num programa de televisão a conduzir com os joelhos. E já agora fiquem também a saber que o Toy, na verdade, se chama Pedro Rodrigues (e eu gostava de ter sabido disto antes de nomear o meu mais velho caraças). Pronto, depois digam que não aprendem nada com a imperfeita...

 

Rita Pereira.png

 E para nos mantermos no tema televisão gostava de falar um bocadinho sobre a estreia daquele programa em que os famosos dançam. E não, não vou entrar na discussão se é um programa melhor que o dos casados que, dizem as más-línguas, tem lá um Conde que está pior que o Toy naquilo de se aguentar à noite, um esgalgado qualquer que destapa um frango ao pequeno-almoço e um rapazinho que é um psicopata em potência. Aquilo de que vou falar é da roupa (?) da Rita Pereira. 

Sim, é verdade que a pessoa está grávida. Mas parece-me que não havia necessidade de a mandarem fazer o programa de cinta. E se havia que fossem comprá-la à Chicco não era aos chineses de Queluz. Enfim... Fica a minha palavrinha de solidariedade à Rita que devia ter mandado aquela gente toda marrar com um poste quando lhe apresentaram aquele conjunto de cinta, soutien e robe mas depois botaram um stiletto para acompanhar. Eu garanto-vos que no lugar dela, perdida por perdida, tinha ido de chinelos de quarto.

 

E para não perdermos a embalagem da moda o que é que me têm a dizer da filha da Madonna que se apresentou nestes preparos?

Lourdes.png

E não estou a referir-me ao facto de não ter depilado as pernas que a isso faço uma vénia e desejo inclusivamente que se torne moda. É mesmo ao facto de ter ido para uma festa enrolada em papel higiénico... Esta não tem desculpas caramba! Eu sei que a mãe paga um disparate à Câmara Municipal de Lisboa para estacionar os veículos mas porra... Não sobram uns trocos para ir à Primark comprar um trapinho? E tudo bem que nestes eventos há sempre fila para as casas-de-banho e é uma aflição a pessoa estar ali à espera a agonizar e a pensar que não vai conseguir suster nem mais uma pinguinha (sei bem o que sofri nas queimas das fitas e nas ovibejas desta vida) mas havia necessidade de ir de fralda?

E antes que me chateiem que a fotografia não é desta semana aviso já que aqui neste pasquim o que conta é o meu timing. E eu só dei com ela ontem portanto está a valer.

 

 

Bem, para finalizar e antes da primeira distinção de 2018, hoje dei com a seguinte notícia:

Paris Hilton.png

Pois que a Paris quer um filho porque, diz na notícia, acha que um filho fica bem com a posição de empresária solteira e independente. E eu pergunto: é por ela ser rica que ninguém tem coragem de lhe dizer que um filho não é um caniche? É que a pessoa é muito inocente se acha que um filho é um objecto decorativo que a gente usa para fazer pendant com a carteira cara e com as madeixas californianas. Enfim... De qualquer das formas parece que a pessoa também está com dificuldade em arranjar esperma que lhe agrade porque não encontra nenhum à sua altura. Sucede que eu fui pesquisar ao Google e vi que ela tem 1.73m pelo que isso da altura não devia ser assim tão difícil. A não ser que... Vocês querem ver que ela anda a procurar o esperma num banco de dadores anões?

 

 

E agora que já honrámos a memória do Carlos Castro vamos então atribuir o nosso primeiro galardão do ano. Ai amigas... Confesso que até estou nervosa!

 

Na categoria

O PAI QUE TODOS QUEREMOS SER o vencedor é:

Feliciano.jpg

Não me digam que não estão a ver quem é? Deixem lá, se vos servir de consolo não devem ser as únicas... Acho que até os colegas de trabalho o conhecem mal, o que é capaz de ser derivado dele aparecer lá pouco. Mas vá, eu dou uma ajudinha. O senhor da fotografia é Feliciano Barreiras Duarte, o único homem conhecido até hoje que divide com Deus Nosso Senhor o dom da omnipresença. E qual era o pai que não gostava de ser omnipresente? Reparem bem, este senhor deputado é capaz de votar um orçamento de estado sem estar presente. Pode na boa ir ao lanchinho do dia do pai na escola do filho e, ao mesmo tempo, chumbar um projecto de lei. Eu pessoalmente adorava ser assim. De manhã enquanto despachava os putos em casa ia recebendo o turno no serviço e começando as higienes aos doentes, depois ia levar os miúdos à creche enquanto aspirava secreções orotraqueais, almoçava no bar do hospital ao mesmo tempo que ia adiantando o jantar em casa... Era bom, não era? Tinha-me evitado, por exemplo, a chatice de não poder estar na festa de Natal do Pedro o ano passado porque não consegui trocar a tarde. Enfim... A verdade é que todos os pais gostavam de ser como Feliciano Barreiras Duarte. Daí a merecida distinção.

 

 

E pronto, para a semana há mais. Porque há coisas que são demasiado importantes para vivermos sem saber.

 

 

 

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