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A mãe imperfeita

Porque a maternidade é difícil. E as mães precisam de rir.

A mãe imperfeita

Porque a maternidade é difícil. E as mães precisam de rir.

27
Mar19

É verdade, isto é publicidade

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É verdade, rendi-me à publicidade… E porquê? Porque o produto é MA-RA-VI-LHO-SO.

 

Assim para contextualizar rapidamente, a Reckitt Benckinser lançou uma campanha chamada “os cinco passos para uma roupa perfeita” onde fala da necessidade de usar os produtos adequados para a limpeza da máquina, para a lavagem da roupa, para tirar as nódoas, para conferir um odor agradável por mais tempo e, finalmente, revela o produto mais fixe de sempre: um elixir que faz milagres.

 

Para saberem mais informações sobre os quatro primeiros passos é irem ao site da campanha (https://www.roupaperfeita.pt/). Para saberem mais coisas sobre este elixir que parece ter sido fabricado em Hogwarts é continuarem a ler esta publicação.

 

Ora bem, vocês estão a ver aquela roupa que todas temos amontoada na cadeira do quarto que já não está lavada mas ainda não está suja? Eu gosto de lhe chamar a pilha “nim”. E o que acontece muitas vezes é que, quando vamos buscar peças que estão por baixo, reparamos que estão cheias de vincos e que o odor já não é o mais agradável do mundo, certo? Então, este elixir é a solução para esses males.

 

Só temos que pegar na peça, abri-la e borrifá-la com o Quanto elixir. Depois é ver o milagre a acontecer: os vincos vão à vidinha deles e a roupa fica a cheirar como se tivesse acabado de sair da máquina.

 

O Quanto elixir também é genial para eliminar odores desagradáveis, assim tipo aquele cheirinho a refogado que se entranha na nossa roupa quando cozinhamos, o cheiro a fritos que trazemos na roupa quando vamos ao restaurante (e que até ficamos na dúvida se, por acaso, não trouxemos uma fritadeira colada ao casaco) e o cheiro a tabaco que os filhos “aborrescentes” trazem na roupa quando vão sair à noite. E não pensem que é tipo aquela malta que não tomava banho depois da aula de educação física e se enchia de desodorizante provocando uma combinação olfactiva suicida. O elixir Quanto não disfarça ou cobre maus odores, ele elimina-os.

 

Se não acreditam em mim façam o favor de testar e depois digam de vossa justiça. Entretanto fiz uma story no Instagram a contar isto tudo. Se quiserem, passem por lá a espreitar. Estou altamente bem vestida e maquilhada como sempre.

 

 

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25
Mar19

Grupos de mães no Facebook #46

 

 

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Enquanto escrevo estas linhas tenho o Pedro agarrado a um saco cheio de canetas de feltro e o João sentado no Bumbo com um brinquedo que faz o som mais irritante do mundo. Está portanto tudo super alinhado para que esta semana isto corra bem. Corra não porra, ande. Correr vocês que corram que cansada já eu estou que chegue.

 

 

 

1. Mamãs, entre os três nomes qual preferem? Djenifer, Djuly ou Djara?

 

Olha amiga, djenhum.

 

 

 

2. Meninas, há alguma coisa que possamos fazer quando os nossos meninos estão na hora da bruxa?

 

Depende da bruxa. Se for a Maya é desligares a televisão depressa.

 

 

 

3. Quem aqui já teve os filhos com olho gordo?

 

Isso por acaso os meus nunca tiveram que são povo mais dado às otites. Mas por curiosidade, como é que se cura tal maleita? Com a dieta paleo ou com o leite materno?

 

 

 

4. Alguma grávida já enjoou do marido? Porque eu estou assim. Coitado dele...

 

Oh por favor, como se fosse preciso estar grávida...

 

 

 

5. Mamãs, alguém tem dicas para fazer com que os bebés aumentem rápido de peso para a pesagem do Centro de Saúde?

 

Mete-lhe duas pedras na fralda.

 

 

 

6. Meninas, o meu marido anda cheio de dor ciática. Será por causa da minha gravidez?

 

Pode ser sim, as pessoas gozam com estas coisas mas é porque não têm mesmo noção. Eu por acaso tenho imensa experiência na transmissão de sintomas entre o casal. Queres um exemplo? Nem imaginas quão mal-disposta fico de cada vez que o meu marido se embebeda.

 

 

 

7. Posso fazer uma pergunta um bocadinho esquisita? Quando beijamos um homem onde é que devemos pôr as nossas mãos?

 

 

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* Imagens retiradas do Google. E as minhas desculpas ao Padre Borga.

22
Mar19

A violência doméstica e de género de que ninguém fala

 

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(Imagem da campanha MEO)

 

 

Hoje este blogue, habitualmente alegre, vai servir para tornar pública uma situação que conheço de perto por ser vivida pela mãe de uma amiga. Por não saber de que outra forma posso ajudar e porque já foram apresentadas várias queixas, contribuo para, pelo menos, tornar esta história o mais pública possível com a esperança de que as autoridades façam finalmente alguma coisa para terminar com o martírio de mulheres como esta, a quem vou chamar Maria e que, por medo, não me deixa expôr o seu nome real.

 

A mãe da minha amiga Rita (nome fictício) divorciou-se do marido quando os filhos eram ainda menores e ficou acordado que a casa de família passaria a pertencer-lhe. Ficou com os filhos a seu cuidado mas, à medida que o filho foi crescendo, as suas escolhas duvidosas fizeram com que a relação entre os dois se fosse deteriorando. Um dia o filho empurrou-a pelas escadas. A mãe da Rita, chocada, despejou-o de casa e ele foi viver com o pai.

 

Acontece que a relação com o pai também nunca foi pacífica e o pai acabou por expulsá-lo também. Nesse dia ele voltou para casa da mãe que assumiu com ele um acordo: ela requalificaria o anexo da casa e ele passaria a habitar lá depois das obras terminadas.

 

A mãe da Rita reabilitou todo o anexo, fez uma nova cozinha e uma nova casa-de-banho e, quando as obras ficaram concluídas, disse ao filho que já se podia mudar. Mas ele recusou, disse que estava muito bem ali em casa e que fosse ela para o anexo. Nessa altura levou para viver lá em casa a namorada.

 

Um dia, quando o via lavar a varinha mágica, a mãe disse-lhe que aquela não era a forma correcta de o fazer. Ele atirou a varinha mágica contra a mãe e esbofeteou-a. A namorada assistiu. A mãe fez, nesse dia, a primeira queixa na GNR. E sabem o que aconteceu? Depois da namorada ter negado tudo, apesar das marcas físicas visíveis da agressão, um dos elementos da GNR, que frequentava o ginásio com o filho de Maria, ainda lhe disse "também não tem que chatear o seu filho com questões domésticas que isso é humilhante para um homem de trinta e três anos".

 

Os anos têm passado e a mãe da Rita tem vivido num clima de terror absoluto. O filho vai levando namoradas diferentes a viver lá para casa e tem a mãe presa debaixo de ameaças. Ai da mãe que feche as portadas, ai da mãe que entre no seu quarto, ai da mãe que denuncie... 

 

Inicialmente acompanhada por uma advogada da APAV , Maria foi aconselhada por um funcionário do Ministério Público a mudar para uma advogada com mais experiência na área. Essa advogada fez-se pagar bem e nada adiantou no processo. A parte mais engraçada? A minha amiga Rita descobriu depois que essa advogada era casada com o funcionário que a tinha recomendado.

 

Durante muito tempo a situação não andou para lado nenhum mas há umas semanas, depois da violência doméstica se ter tornado o primeiro assunto na ordem do dia, a mãe da Rita foi chamada ao Ministério Público. Sem perceber como, estava lá a advogada à espera dela (advogada da qual há meses não tinha notícias) e o funcionário seu marido. Nada de procuradora. Disseram-lhe que sem provas nada podia ser feito (apesar de um vídeo que Maria tem onde se vê e ouve o filho a ameaçá-la) e que o melhor era tentar uma ordem de despejo contra o filho. E pronto.

 

A mãe da Rita fez queixa, denunciou, foi a todo o lado em busca de ajuda. Da GNR disseram-lhe para não aborrecer o filho. Do Ministério Público foi encaminhada para a advogada casada com o funcionário que a atendeu.

 

A minha amiga Rita já tentou tirar a mãe de casa. Mas reparem na injustiça: a vítima abandona o único património que possui às mãos do agressor enquanto foge amedrontada. Talvez um dia Maria seja mais uma vítima nos telejornais, talvez vejamos um alerta CM a dizer que filho mata a mãe, talvez Maria se transforme em mais um número na lista de mulheres mortas por violência doméstica.

 

Só que esta Maria é mãe da minha querida Rita. Esta Maria e a filha pediram ajuda em todo o lado, denunciaram, pagaram advogados. Elas tentaram tudo. Ninguém as ajudou.

 

Não podemos ficar caladas.

18
Mar19

Grupos de mães no Facebook #45

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Mais uma semaninha, não é amigas? E esta começa com a minha promessa de odiar canecas para todo o sempre, amén. É com isso e com mais perguntinhas das boas caçadas em grupos de mães por essa internet fora. Preparadas?

 

 

1. Sabem dizer se quando estamos a amamentar podemos fazer sexo oral tipo seio?

 

Tipo seio, como assim? Eu não sou exactamente uma Marta Crawford mas parece-me que o sexo oral e os seios são coisas um bocado diferentes, não? Fazendo uma analogia com pisos é como se uma coisa fosse no -1 e a outra no terceiro andar, percebes? A não ser que o teu apelido seja Cardinalli e, nesse caso, deves ter capacidade de fazer contorcionismos tão marados que, só de imaginar, o meu cérebro dá um nó. E tem cuidadinho com essas manobras não vá a pila do teu marido dar um nó também.

 

 

 

2. Meninas, que nome gostam mais, Ágata ou Ruth?

 

Ruth. Sempre preferi um bom piscar de olhos do que o perfume de outra mulher.

 

(Imperfeitas folionas no bailarico da aldeia entenderão...)

 

 

 

3. Mamãs, há possibilidades de a minha filha de quinze anos ter engravidado em Janeiro?

 

Em Janeiro sim, há. Em Fevereiro também mas é menor porque o mês tem menos dias. Em Março também se pode engravidar porque é Primavera e coiso. Já em Abril chove muito e as pessoas não se dão bem com a chuva. Maio é um perigo. Em Junho não se engravida porque comem-se antes sardinhas e caracóis. Julho e Agosto é uma desgraça que o calor derrete o juízo. Como em Setembro se gastam rios de dinheiro não se fazem filhos. Outubro e Novembro são propícios porque as pessoas não percebem que sacos de água quente também aquecem os pés. Dezembro é um mês santo.

 

Dito isto, porque é que a tua filha não estava antes a pentear as Barbies ou assim?

 

 

 

4. Como é que o teste de agulha funciona se forem gémeos?

 

 

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Para o caso de não estares a chegar lá pelo retrato, este senhor é o professor Zandinga. Ainda o tentei tagar aqui mas o gajo não deve ter net na bolinha de cristal.

 

 

 

5. Mamãs, quando é coito interrompido mas em que não dá tempo e acontece o homem vir-se dentro, pode-se engravidar? É que já tenho um atraso de duas semanas...

 

Coito interrompido não conjuga com "vir-se dentro", percebes? Se foi dentro, interrompeu-se o coito interrompido. Porra, parece que escrevi um trava-línguas. E por falar em travar... Travar era exactamente o que o teu marido devia ter feito. Assim fez um filho, pronto. Olha, parabéns, felicidade e saudinha para os três.

 

 

 

6. Meninas, tirem-me uma dúvida. Fiz cesariana há um mês e quatro dias e o meu namorado tem uma mota. Já posso andar montada na garoupa?

 

 

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*Imagens retiradas do Google

13
Mar19

Grupos de mães no Facebook #44

 

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Qualquer coisa estranha que aqui leiam hoje é obviamente culpa da (muita) febre que me está a torrar os neurónios. A mesma febre que, a noite passada, me fez sonhar que um dos elementos dos D.A.M.A. se tinha transformado no Smeagol do Senhor dos Anéis por se ter exposto acidentalmente a radiação. Como não amar, não é?

 

 

 

1. Mamãs, com que idade começaram a dar leite aos vossos bebés?

 

Por aqui começámos aos seis meses. Antes disso era só pão e água que nem eu nem eles somos pessoas de grandes luxos.

 

 

2. Meninas, acham que posso fazer um teste de gravidez dos nossos à minha cadela? O resultado será confiável?

 

 

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3. Estou grávida de treze semanas e ontem tive relações sem protecção com o meu marido. É possível engravidar novamente? Agora fiquei com receio...

 

Claro que é possível; achas que os gémeos nascem porquê?

 

 

 

4. Alguma das mamãs sonhou com o sexo do bebé e depois, mais tarde, confirmou-se que coincidia?

 

Na verdade não é uma coisa fácil de acontecer a mulheres que não possuem o dom da clarividência. É que é preciso ter em conta a grande variedade de opções de sexo, não é? Ai não, espera, afinal fiz aqui as contas e parece-me que só há três hipóteses: menino, menina ou José Castelo-Branco.

 

(E antes que me venham com merdas, eu sou fã assumida do JCB que ainda há dois dias respondeu a alguém que o ofendeu no Instagram "ajoelhe-se e reze o terço sua bicha pobre". Que rei. Ou rainha, sei lá. Ele/ela que escolha.)

 

 

 

5. Mamãs, ajudem-me. É comum os bebés mudarem a cor da pele?

 

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6. É verdade que quem fez cesariana e laqueação ao mesmo tempo fica mais profunda e larga por ficar sem o útero?

 

Credo mulher que até Hipócrates rebolou na tumba a ler isto. Vamos lá por pontos, ok?

 

  • Imagina uma porta com fechadura. Se trancares a porta com uma chave a fechadura fica lá na mesma, certo? O que não consegues é abrir a porta! Com a laqueação é a mesma coisa. Trancas o útero mas ele fica lá.
  • Dito isto esquece a parte do mais profunda. É tudo como antes no quartel general de Abrantes.
  • Quanto à parte da largura... O pipi é uma coisa elástica mulher. Tipo calções de licra novos, estás a ver? Podes emprestá-los a uma mulher mais gorda do que tu por uns minutos que eles vão continuar a servir-te depois de lavados. Com o pipi funciona igual. A diferença é que não o podes emprestar. 

 

 

 

7. Meninas, fiz vasectomia depois do último parto. Acham que há risco de engravidar outra vez?

 

Respondo-te a essa questão quando me passar aqui a pontada que me está a dar na próstata.

 

 

 

8. Boa noite meninas, vocês já fizeram a tabuada chinesa? Deu certo?

 

Não tinha como não dar. Usei calculadora.

 

 

 

9. Mamãs, o meu marido depois de ejacular mantém sempre o pénis duro. Será que isso não mata o esperma?

 

Achas? Eu acho que o esperma até fica feliz por passar mais tempo num ambiente mais espaçoso e arejado.

 

 

 

Agora vou embalar canecas. Até já.

 

 

* Imagens retiradas do Google.

 

 

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