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A mãe imperfeita

Porque a maternidade é difícil. E as mães precisam de rir.

A mãe imperfeita

Porque a maternidade é difícil. E as mães precisam de rir.

05
Mar18

Amar os dois

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Ontem, ao olhar para o Pedro enquanto dormia, fui atingida por um medo terrível. Se calhar estou mesmo a enlouquecer mas, vocês que têm mais filhos digam-me lá, aquele chavão do amor que se multiplica é mesmo verdadeiro? É que o meu coração, no "departamento filhos", está tão cheio de amor pelo Pedro que praticamente transborda e eu sinto mesmo um medo real de não conseguir arranjar espaço para mais ninguém lá dentro. É possível que a gente goste mesmo de dois filhos desta maneira aflitiva e incondicional? Na verdade estes sentimentos têm-me feito sentir estupidamente culpada em relação ao bebé que "mora na minha barriga". Mas sempre que olho para o Pedro e sinto que o amor me consome começo a pensar que é impossível que isto aconteça outra vez.

 

Uma pessoa não se apaixona duas vezes na vida desta forma. Ou apaixona? Quando o segundo filho nasce e a gente o vê sente-se a mesma coisa que no primeiro? Caraças que esta vida de mãe é uma complicação. Não posso dizer isto em voz alta porque tenho medo de ser trespassada pelo olhar fulminante de alguém e, por isso, é mais fácil por aqui. Será que sou a única com estes macaquinhos no sótão? 

 

Reparem, desde que o Pedro nasceu que a minha vida gira, quase na totalidade, à volta dele. As necessidades dele são prioritárias a tudo o resto e é em função delas que a minha (nossa) vida tem sido gerida e organizada. Será que com a chegada de um irmão a balança não vai desequilibrar? É possível encontrar uma forma de gerir isto? É possível conciliar as necessidades de dois bebés sem descurar nenhum? Suponho que quem está a ler isto, neste momento, acredite que estou assim meio avariada. Confirmo. Estou mesmo. Mas a realidade é que esta dúvida se tem vindo a instalar na minha cabeça mas a vergonha de a deitar para fora é sempre grande demais.

 

Mães de mais do que um, ajudem-me lá: nasce o segundo e a gente arranja mesmo espaço para ele? E o espaço é do tamanho do que tem o irmão mais velho ou temos que o acomodar num cantinho mais pequeno? Quando estão cá fora é tudo igual ou ficamos com uma espécie de filho 1 e filho 2? Sou só eu a pensar nestas coisas, não sou? Oh vidinha difícil...

 

 

(O período de paragem no blogue está directamente relacionado com a trovoada que se abateu aqui na zona na Sexta-feira e fez os serviços da MEO irem pelo ares. Acontece que ainda aqui estou, quase mumificada, à espera da equipa técnica que era suposto ter aparecido no Sábado às 16h30' e até agora... Assim apareceram vocês, assim apareceram eles. Já liguei mais vezes para o 16200 em três dias do que nos meus oito anos de cliente. Bardamerda. Entretanto convido todos os que ainda não o fazem a seguir a página do blogue no Facebook - é procurar por "A mãe imperfeita" que a coisa aparece.)

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