Posso trocar o X pelo Y?
Em dias como hoje muito gostava eu que me nascesse uma pila. Chiça. As mulheres, que podem ser o melhor do mundo, quando querem são umas autênticas cadelas (no pior sentido do termo). Sabotam-se umas às outras com a mesma facilidade com que calçam um par de meias de manhã. Sabem aquela coisa do "os amigos vêem-se nos piores momentos"? É mentira. Mil vezes mentira. É na morte que as hienas se aproximam. E há mulheres assim, necrófagas, que se alimentam da decomposição dos outros, que crescem e se fortalecem na mesma proporção em que os outros mirram e desaparecem. Há mulheres que farejam o pior momento dos outros e nessa altura chegam-se, estendem a mão, estão disponíveis. A gente até pode pensar que é bondade mas é tudo um engodo. Por dentro elas estão a crescer, a brilhar. Até ficam um bocadinho contentes com a desgraça alheia, sentem finalmente que são superiores. Sabem a "amiga" que vos vê experimentar um vestido que vos faz um rabo de metro e as mamas descaídas e vos diz "leva esse que fica-te mesmo bem"? É isto mas em versão vida.
Mas e quando estamos bem? Quando por alguma razão o sol brilha directamente no ponto acima da nossa cabeça, quando por alguma razão somos reconhecidos e louvados? Ui, aí é vê-las a cerrar os dentes, a inveja a rasgar de dentro, as questões mal-resolvidas a apertarem a teia. E as cabecinhas começam a magicar qual a melhor maneira de apagar o brilho que as cega. Aí começam os jogos, começam as mentiras, os boatos... E há mulheres que são doutoradas nestas merdas, acreditem. Há mulheres que podem estar mal, enterradinhas na merda, mas se conseguirem levar outras com elas até atravessam melhor o purgatório. Não faz mal nenhum estar numa poça de lama desde que haja alguém enfiado na sarjeta. Há necessidade disto? É mesmo preciso saltar em bicos de pés para puxar cá para baixo todas aquelas que, com o seu esforço, conseguiram levitar um bocadinho? Tenham vergonha nessas caras cheias de base mal espalhada, pelo amor da santa. Enrolem-se sobre vocês próprias, atirem-se ao chão e arrastem-se para o vosso buraco escuro. Deixem as outras respirar. Porra, havia de me crescer uma pila.